quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

#10

Um prédio e uma moça na portaria.

"bom dia, vim entregar flores"
"qual apartamento, por favor?""
"hum.. 1422..."

O interfone toca, a moça explica... e explica novamente... e de novo...

"pode subir, mas toque a campainha E bata na porta"
"por que?"
"me parece que a senhora está surda"...

O elevador abre a porta e me vejo num corredor aberto, com as portas de fundo dos apartamentos bem na minha frente. Claro, penso eu, o predio é de frente pra praia e a melhor vista deve ser da sala.

Olho a placa com os números dos apartamentos e vou pra direita, pois o 22 é o último (impressionante como sempre é o último, o mais alto, o mais longe rs rs).

Venta bastante e uso a prancheta que sempre levo comigo pras pessoas assinarem o recebimento pra proteger as flores.

Ando pelo corredor e me dou conta que preciso continuar no corredor lateral, pois a unidade 22 é no final deste corredor.

Quando viro a esquina percebo que o vento lá no 14o andar é muito forte e, pode ter parecido coisa de maluco, mas o único jeito de chegar com as flores intactas foi andar de costas pra proteger o vaso com o corpo.

Cada uma...

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