quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

#23

O endereço era claro, direto.

Mas o prédio, depois de muito procurar, foi encontrado atras de umas lojas, virado de costas pra rua original. Deu trabalho, mas achei.

Pra entrar no condomínio tinha um porteiro eletronico e comecei a apertar os botões do diretório até chegar no sobrenome da cliente. O painel informa o código para ligar e aperto as teclas. Toca 1, 2, 3, 4, 5 vezes até que atende uma voz feminina.

"Sra, tenho uma entrega de flores para Maricota Menezes".

"Não tem ninguem com esse nome aqui". E desliga o telefone na minha cara.

Ligo novamente e toca outras várias vezes até que a mulher atende de novo.
"Desculpe senhora, mas liguei na loja pra confirmar o endereço e o telefone.
A sra tem certeza de que a Maricota Menezes não mora ai?"

"Olha, me chamo Marilda Menezes". E novamente bate o telefone na minha cara.
Pessoa mais mal educada...

Entro no carro, ligo no telefone indicado na planilha e cai na caixa postal.
Ligo o carro, manobro e vou embora.

Ando alguns quarteirões e resolvo voltar. Vou entregar essas flores hoje senão amanhã tenho que voltar... já estou aqui perto, vou dar um jeito, descobrir uma maneira de entrar no condominio.

Paro o carro em frente ao prédio (só que do lado de fora), fico olhando alguns carros entrarem e percebo que não dá tempo de aproveitar uma "carona" de algum carro entrando. Talvez na hora que um carro entrar eu consiga ir a pé ao lado do carro.. dá tempo...

Desço do carro, pego o arranjo e vou andando pela calçada em direção ao portão.
Vou acompanhando a grade e percebo que tem um portão para pedestres.

Posso pular a grade, em último caso...

Chego perto do portão e percebo que está sem o miolo da fechadura. Empurro e ele se abre.

Ufa! Vai ser mais fácil do que imaginava...

Vou andando em direção ao prédio de 2 andares, contando o pavimento da rua. Mas o endereço indica 312, ou seja, no 3o andar. Como pode ser?

Chego na frente do apartamento que acredito112 e fico imaginando aonde seria o 312, já que só tem mais um andar. Por que acredito e não tenho certeza? Porque todos os números dos apartamentos estão cobertos com uma fita adesiva, esperando pela tinta que deve chegar no dia seguinte. Fala sério...

Olho ao redor e vejo uma moradora, sentada na porta do apartamento.

Ela chama o marido, que me explica que o prédio tem uma outra série de apartamentos cuja entrada fica na rua de trás. Vai entender...

Dou a volta no prédio, carregando aquele lindo (e grande) vaso de flores, um arranjo bem colorido.
Vejo uma porta com o número descoberto: 215!  E agora, José?

Volto para a rua da frente, olho pros apartamentos e resolvo subir uma escada que dá acesso aos apartamentos de cima. Acho o 301, depois de arrancar a fita adesiva, olhar e colocar de volta. Qual teria sido a lógica?

Desço a escada, vou andando até a frente do apartamento 312 e subo as escadas. Toco a campainha, espero um pouco e bato na porta. Espero mais um pouco, bato de novo na porta e nada...

Ligo no número indicado na planilha e ... caixa postal...

"Sra, boa tarde. Só para informar que tenho uma entrega de flores e deixei na porta da sua casa. Tenha uma boa tarde".

Mas entreguei as flores, não tive que voltar no dia seguinte.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

#22

Dessa vez era pra entregar uma cesta de frutas.

"Mas, cesta de frutas? A pessoa morreu..."

"Mas foi o que pediram".

Lá vou eu com algumas entregas antes e outras depois da tal cesta de frutas.

Chego no endereço, meio ressabiado com a situação e me vejo em frente de um condomínio com 3 prédios. Isso mesmo, 3 prédios no mesmo endereço.

E voce pensou certo: nenhuma indicação do prédio, muito menos do apartamento.

Hum... como vou fazer?

Vejo uma moradora andando no corredor, desço do carro com a prancheta, digo que preciso fazer uma entrega e pergunto se ela conhece a moradora.

"Não tenho certeza, mas acho que a minha vizinha de porta tem esse nome".

Agradeço e vou até a porta da vizinha.
Bato na porta, ouço movimento dentro do apartamento e aparece uma senhora, meio assustada.

"O nome é o mesmo, mas não sou eu. Meu sobrenome é outro, infelizmente... a cesta é muito bonita".
"Vem comigo, vamos descobrir aonde mora essa vizinha sortuda".

E vamos andando em direção ao corredor central, aonde damos de cara com um diretório com o nome e o número do apartamento de todos os moradores. Claro...

Apartamento 107, bloco C.

"É só virar a esquerda naquele corredor".
"Muito obrigado, tenha um bom dia!".

Viro no corredor e dou de cara com o apartamento.

Bato na porta, espero... nada...
Bato na porta, espero... nada...

Pego o telefone e ligo: este número está programado para não receber ligações

Já ia embora quando vejo a vizinha saindo de casa. Digo que preciso fazer a entrega e pergunto se ela pode ficar com a cesta. Outra vizinha aparece, olha a cesta e diz:

"Eu posso ficar, claro, adoraria... mas faz tempo que não tem ninguém aqui, ela morreu... e não adianta ligar no telefone dela"...

Agradeço a gentileza e vou embora.

No dia seguinte, ligo e cai na caixa postal. Deixo um recado.
E no final do dia recebo uma ligação dizendo que posso passar por lá para fazer a entrega.

Será que vou encontrar a falecida??

Mas a filha dela abre a porta e gentilmente agradece a entrega.
Pede desculpas pelo desencontro.
Mas nada de dar gorjeta...

#21

O bairro não deve ser um lugar indicado para se andar sozinho a noite.
Apesar de tudo, muito limpo e bem cuidado.

Diferentemente de outros lugares, as ruas fazem muitas curvas.

Viro à direita, novamente à direita, ando um pouco e entro à esquerda num cruzamento e assim vou até chegar na rua da entrega.

Assim que entro na rua vejo muitos carros estacionados, uma barraca quadrada daquelas que se usava na praia antigamente (quando existia espaço nas praias...) e uma infinidade de pessoas entrando e saindo da casa.

Fico procurando um lugar pra estacionar, mesmo sabendo que vou ficar o menor tempo possível pra fazer a entrega.

Paro o carro, desço, abro o porta - malas e tiro o arranjo.

Vou andando em direção à casa, todos os homens de camisa branca e gravata preta e todas as mulheres de preto. Fico pensando que o tempo não está quente, o que ajuda bastante nestas ocasiões.

Apesar de tudo, sinto um clima meio que festivo...

Muita gente olha pra mim mas ninguém se mexe pra me ajudar... fico meio sem saber o que fazer.
Até que, finalmente um rapaz vem em minha direção, sorrindo.

"Entrega de flores"
"Muito obrigado"
"Pode, por favor assinar aqui?"
"Claro, sem problema"
"Tenha um bom dia"
"Obrigado. Igualmente".

Viro de costas e saio andando em direção ao carro.
Apesar de ser o único branco num raio de muitos kilometros, me sinto bem, despreocupado.

E vivo mais uma daquelas situações de filme.
Até a minha acompanhante, que ficou dentro do carro meio ressabiada, concordou comigo.

#20

O condomino é de casas boas, localizado bairro com vários campos de golfe.

A portaria liga e pede autorização para me deixar entrar, pede meu documento e libera a cancela.
Consulto meu inseparável GPS, sigo as indicações e chego na casa indicada.

Pelo tipo de arranjo sei que as flores são em função da perda do tal ente querido.
Acontece, todos os dias.

Toco a campainha e aguardo um pouco até ser atendido.

Uma senhora ruiva, de cabelos curtos e óculos de armação redonda abre a porta.
Os olhos estão pequenos, indicando que bem recentemente muito se chorou ...

Ao olhar as flores percebi uma réstia de luz, um traço de sorriso naquele olhar.

Mesmo nestas circunstâncias é bom saber que flores tem o poder mágico de levar alguma alegria para um coração apertado.

"Senhora, sinto muito pela sua perda.
Dentro do possível, tenha um bom dia".

Vou embora com um tímido sorriso!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

#19

O GPS mostra uma praça com vários prédios.
E diz: chegamos...

Já estava escurecendo quando cheguei a acabei errando o lugar, tive que sair, dar a volta num quarteirão imenso e descobrir que era o prédio central.

Hum... pelo tipo das flores e do bichinho de pelúcia me dou conta que estava numa maternidade.
Pergunto pro cidadão do valet de posso deixar o carro por alguns minutos.. "é só uma entrega de flores, coisa rápida".

Entro no saguão com aquele arranjo bonito, as pessoas que estão circulando olham, sorriem e algumas me cumprimentam.

A senhora na recepção esta sozinha, coitada... e o telefone não para de tocar.
Ela me olha com aquela cara de desculpas por não me atender, mas o telefone realmente não para.

Depois de colocar umas 3 ou 4 ligações em espera ela me atende, meio sem graça.
Confere o nome da paciente, olha pras flores e sorri...

Esse sorriso é exatamente o que sempre procuro nas pessoas.

Agradece, pede pra colocar no balcão e vai atender o próximo da fila.
Me viro e dou de cara com um sujeito do tipo fortinho, com uma corrente e uma carteira pendurada no pescoço e uma pistola 9 mm na cintura, bem aparente.

Olho, processo a informação e me dou conta que o cidadão veio atrás da esposa que foi internada pra dar a luz a mais um filho, considerando que ele segurava 3 pelas mãos.

Vejo os olhos de felicidade dele, saio andando em direção ao estacionamento e penso que me senti num filme americano com policiais... uau!!

#18

Toco a campainha uma vez... bato na porta.. toco a campainha de novo e nada acontece...

Pego o telephone e ligo pro numero indicado no canhoto.
Atende um homem, voz grossa...

"Boa tarde, sou da floricultura".
"O que aconteceu com as flores?"
"Nada, senhor. Acabaram de ser entregues na porta da sua casa".
"Obrigado. Ate logo".

Nem deu tempo pra agradecer, o telefone bate no meu ouvido.

No dia seguinte chego pra pegar as flores da entrega do dia, olho o cartao, confiro com as entregas do dia anterior e vejo que vou la novamente, na casa do mal educado...

"Nova compra?"
"Não, ele ligou dizendo que as flores estavam velhas e que ele quer outras..."
"Mas não estavam velhas, são flores frescas..."

La fui eu novamente, pensando no que poderia ter acontecido...

Subindo as escadas vejo o vaso do lado de for a da porta, todo caído...
Fico pensando que não são as flores que entreguei ontem,,,

Toco a campainha e uma senhora abre a porta. Olha pro arranjo e fuzila:
"Isso não são flores que se apresentem..."
"Senhora, desculpe. Aqui estão as flores para serem trocadas. estas novas estão de acordo?"
"Hum... deixa ver... est˜o de acordo".

Assinaturas, carro, floricultura.

"Voce percebeu que mandamos um arranjo com 12 rosas e so voltaram cinco?
Alem disso tinham outras flores que não voltaram..."

Infelizmente tem muita gente com esse tipo de carater em qualquer lugar do planeta...

#17

Claro, era no ultimo andar...

Tinha um cartao de parabens, portanto era um bom momento pra celebrar!

No carro, estacionado meio longe da entrada, tiro as lindas flores e vou andando ate o apartamento.
Toco a campainha e espero.. e espero... e espero...

Ja estava quase desistindo quando ouco passos, bem lentos.

A porta se abre e vejo um senhor com alguma dificuldade nas maos, dedos um pouco torcidos.
Ele sorri, feliz com as flores que estava vendo.

Pede pra eu entrar e colocar as flores em cima da mesa da sala de jantar.
"Claro, senhor". Percebi que ele ja tem mais forca nas maos para carregar um vaso pesado.

"Pronto, senhor. Se incomoda em assinar o canhoto do recebimento?"
"Nao, claro que nao".

Enquanto ele se esforca pra assinar, olho a sala e vejo uma cama hospitalar, um tubo de oxigenio e uma cadeira de rodas. Como o cartao trazia um nome de mulher, entendo que as flores sao pra esposa dele.

Amarradas no cilindro de oxigenio vejo alguns baloes de "feliz aniversario".

Ali da sala ele fala em tom mais alto: "sao lindas flores pra voce, querida!"

Desejo felicidades e fecho a porta atras de mim pensando que nao existe tempo, nao existe idade, nao existe condicao fisica: temos sempre que comemorar e agradecer.

Muito obrigado

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

#16

Estava de saída da floricultura quando o gerente me chama no canto: "olha, presta atenção"..
Fico pensando no que ela ia me dizer...

"Voce vai entregar flores pra Miss 2013, uma mulher muito bonita!"
Será que ele estava exagerando?

Deve ter visto minha cara assustada, um certo ar de incredulidade.
Na dúvida, me colocou na frente do computador e acessou as imagens no google...

Lá estava ela, sorridente, com aqueles dentes brancos...
Realmente uma moça bonita, lá do alto dos seus 20 anos rs rs

Ponho o endereço no GPS e saio em direção ao desconhecido, mergulhado nos meus pensamentos.
Já quase chegando a menina que mora dentro do aparelho me chama à realidade e me manda virar à direita em 100, 75, 50 metros...

Uma rua longa, muitas casas e árvores. nada de muros. Alguns portões...

Claro, advinhou... era a última casa da rua...

Toco a campainha e espero um pouco.

"Pois não?"
"Entrega de flores..."

Ouço um sorriso.. "Claro, vou abrir o portão" diz a voz de Miss...
"Mas acabei de sair do banho..."

E o coração acabou de sair pela boca rs rs

"Voce de incomoda em entrar?"
"Claro que não..."
"Então por favor deixe na porta da frente pra mim. Obrigada!"

E a gorjeta?
Fica pra próxima, quem sabe...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

#15

Dia chuvoso, muita agua nas ruas e um friozinho diferente, fora do usual.

Algumas poucas pessoas na rua, muitos carros circulando.

Vejo o roteiro das entregas e já identifico um condomínio com tantos prédios que tem 2 linhas de ônibus só pra servir os moradores, todos meninos e meninas com mais de 65, com certeza.

Aliás, dentro deste condomínio sempre passo pela maior sinagoga que já vi na vida.
A sensação é de que construíram um morro pra ela ficar mais alta, imponente (até porque também nunca vi lugar tão plano...).

Entro na fila dos "não moradores" e fico esperando a minha vez de ser identificado.
Um carro anda, outro anda, a fila anda e chega a minha vez.

E a mocinha, com um sorriso sincero:
"entrega de flores? já sei... e olha que flores bonitas! pode ir, tenha um bom dia".

Quase sem ação, feliz e contente, acelero o carro e vou embora.
Feliz!

#14

"Bom dia, senhora... uma entrega de flores. E meus parabéns!"

"Mas foi ontem..."

"Eu sei, senhora. estive aqui mas a senhora não estava em casa para receber as flores"

"Mas não podia ter deixado na porta?"

"Infelizmente, senhora, não tinha ninguém pra abrir o portão do condomínio"
"Ninguém pra ajudar?"

"Não senhora. esperei por um tempo mas como ninguém passava e eu tinha outras entregas pra fazer, acabei indo embora. Mas voltei hoje, com as flores e os votos de um feliz aniversário!"

"Mas foi ontem..."

"Eu sei, um bom dia pra senhora".

Francamente... tem gente que não consegue enxergar a beleza e a alegria que vem junto com as flores.

Nem ontem, nem hoje, tampouco amanhã...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

#13

véspera do Natal, passo em frente a um shopping center.

(pausa pra contar um "causo": meu amigo Rodrigo e eu fomos sócios numa pequena agencia de propaganda. Ele contava que trabalhou numa agencia e em um dado momento ganhou de presente uma estagiária. Uma das contas que eles atendiam era de um shopping. Até que a tal estagiária, querendo entrar na conversa, pergunta: "shopping tem 1 P ou 2 Pes?"... "depende de quantos andares ele tem... se tiver 1 andar e com 1 P só..."

Um certo transito e o sinal fechou, me colocando imediatamente atrás de um Mustang vermelho, conversível. Ocupado por 2 jovens de seus 20 e poucos anos, suponho.

Os ocupantes do veículo acompanham a música, bem alta, dançando, coreografando e cantando.
Os sinais costumam demorar bastante, o que me obriga a acompanhar a performance da dupla, bastante desinibida...

Como a temperatura está agradável e já fiz todas as entregas os vidros do carro estão abertos.
De repente, lá no fundo ouço um ronco de reduzida de marcha, na sequencia outra reduzida me marcha.

Ao lado dos coreógrafos para uma Lamborghini preta, também conversível.

Fazia tempo que não via seres humanos murcharem com tamanha rapidez e desenvoltura...

sábado, 2 de janeiro de 2016

#12

Entro na rua a direita e me deparo com uma linda praça...

Vejo muitas lojas e restaurantes na rua e entendo que os predios construidos em cima são residenciais.
vou devagar, procurando o numero ate encontrara

Deixo o carro na faixa dupla e desço em direção à porta, imaginando que naquele predio luxuoso encontrarei um porteiro.. engano meu..

Olho pelo vidro e vejo uma moradora pegando a correspondencia na caixa do correio
bato no vidro e faço sinal pra ela abrir a porta

Meio desconfiada, ela abre a porta e explico que tenho uma entrega de flores
"sera que a senhora se incomoda em segurar a porta pra eu pegar as flores no carro?, por favor"

Ainda ressabiada ela pergunta o numero do apartamento e depois de localizer a caixa de correio correspondente ela aceita colaborar

Saio correndo pra pegar as flores no carro e vejo que a pessoa que estava na vaga saiu, deixando a vaga disponivel. manobro o carro rapidamente, pego o arranjo e saio correndo

Agradeço a gentileza, ela aperta o botão do elevador, segura a porta e aperta o botão do 4a andar (o mesmo andar dela...)

Desço e ela me aponta o lado do apartamento que eu procure. agradeço novamente.
toco a campainha, espero... espero.. e nada

Ligo no telefone indicado no papel e,claro, caixa postal
deixo recado e saio correndo de volta pro carro

Que ficou estacionado sem cartão e ligado...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

#11

Estou na loja esperando pra sair pras próximas entregas quando entra um cliente:
"quero mandar um arranjo de flores bem bonito pra minha esposa", diz ele, acrescentando:
"quanto custa?""

A florista olha nos olhos dele e fuzila, assim à queima roupa: "qual o tamanho da sua culpa?""
No que o gerente emenda, sem deixar a bola cair: "os arranjos pra livrar voce da cadeia custam a partir de 200.."

"não, não tenho culpa.., só quero mandar flores e queria um arranjo 'uau' pra mandar pra ela""

"podemos começar com 75, mas acho que 100 é melhor""

"combinado! por favor anote o numero do meu cartão de crédito e vamos fazer isso todas as 2as feiras pelas próximas 6 semanas"

Culpado?! Não, absolutamente, de jeito nenhum...