segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

#29

Ainda no capítulo sobre "anjos da guarda", fui fazer uma entrega num lugar longe.

Vizinhança aprazível, lugar bacana, ruas e braços de mar com casas com garagem pra carros na frente e pra barcos nos fundos da casa.

Mas longe, definitivamente.

Olho os números dos prédios tentando achar o destino daquele grande e pesado vaso.
O roteiro mostra apartamento 403, ou seja, no 3o andar do prédio (o térreo já é o 1o andar...).

Ando mais um pouco e vejo o prédio, vaga pra visitante.

Desço do carro, carrego meus papéis e pego o vaso.

Ando até a porta de entrada e dou de cara com um interfone com os números dos apartamentos com seus respectivo códigos. Nada de porteiro...

Ligo pro código indicado no diretório de telefones e começa a tocar... ninguém atende...
Procuro o código do escritório e ligo, numa tentativa de convencer alguém a abrir a porta e me autorizar a deixar o vaso na porta do apartamento.

Caixa postal e uma mensagem dizendo que o horário de atendimento é até as 5 da tarde (e são 4:50...).

Começo a ligar novamente pro apartamento, agora usando o celular e o número que tem no pedido, acreditando que deve ser o celular da pessoa, ela vai atender e me passar o código de acesso do prédio.

Caixa postal, mesmo recado...

Lá dentro vejo um cara mais velho, cabelos e barba brancos olhando pra mim. através da porta de vidro. Ele caminha na minha direção, olha pra mim e abre a porta. Em silencio, sem falar nada.

Agradeço a gentileza e vejo uma leve alteração no rosto dele.

O elevador chega, ele entra com a bicicleta, pergunta que andar eu vou e não fala nada.
Eu desço na 4o andar, ele vai pro 6o.

E quem disse que anjo da guarda não ajuda? Se fui eu, retiro... mas sempre soube da existencia deles.


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